terça-feira, 20 de agosto de 2013

Apologética (Defesa da Fé) ou Desvio de Função?

Às vezes me pergunto, o que leva certas pessoas se tornarem tão críticos e tão radicais em sua busca pela justiça.
Não me entendam mal, por favor, pois não sou melhor do que ninguém e nem espero ser, no entanto, ultimamente tenho notado um crescente número daqueles que se auto denominam “apologetas” ou “defensores da fé cristã”, e certamente a estes também não quero julgar, mas talvez trazer minha visão sobre o assunto.
Reconheço e sei que este crescente número de pessoas que tentam defender a fé cristã dá-se ao fato de que mais pessoas tem procurado examinar as Escrituras Sagradas, e também ao crescimento absurdo dos “comerciantes” e “leiloeiros” da fé cristã.
É um absurdo testemunhar como pessoas tem usado a fé alheia, de pessoas com boas intensões (e outras com más), e vendido, comercializado, leiloado e explorado o Evangelho de Cristo, para sustentar e satisfazer seus desejos carnais e incontroláveis. Uma sede de poder econômico e de um reino terreno, às custas de pobres, que às vezes entram em conflitos familiares, deixam de pagar as contas, deixam de comer, andar de condução, por acreditar nas promessas de pessoas sem caráter e sem nenhum compromisso com o verdadeiro, puro e santo Evangelho do Senhor Jesus Cristo.
No entanto, devido à indignação de muitos, criou-se ou formou-se uma “rede de apologetas” ou de “defensores do evangelho” num nível muito acima do que o Evangelho precisa.
Pessoas que não fazem mais nada, a não ser investigar erros teológicos, “mancadas” em público, pregações com falhas teológicas (mesmo que foram pregadas há 20 anos atrás), traçam linhas do tempo de pregadores e seus erros durante pregações (como se pessoas não fossem fadadas a erros), enfim, deixam de fazer o que deviam estar fazendo, o que Jesus mandou que fizessem, pra cuidar dos erros dos outros e tentar defender a fé cristã.
Meu ponto de vista é simples, a Palavra de Deus afirmou que sempre houve e sempre haverá “lobos cruéis” (Atos 20:29), apóstatas, espíritos enganadores, doutrinas de demônios, homens mentirosos, hipócritas, com mentes cauterizadas (1 Timóteo 4:1-2); ainda nos advertiu de tempos trabalhosos, onde haveria homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela (
2 Timóteo 3:1-9).
O comando do Apóstolo Paulo ao Jovem Timóteo aqui é bem claro: Destes afasta-te.”
O final deles também é claro: “Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario.”
A Palavra de Deus é poderosa em si pra se defender. É claro que quando se tratar de uma ovelha de seu rebanho, você como pastor deve sim, se postar como um defensor do rebanho, mas em termos gerais, eu diria que seu tempo seria muito melhor utilizado, se ao invés de ficar tentando descobrir erros teológicos, pregações falhas, linhas de pensamentos que fogem à sã doutrina, você anunciasse o verdadeiro Evangelho, pois a menos que eu esteja enganado, nem Jesus se defendeu, mas nos deu uma ordem e ela deve ser cumprida.
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.” Marcos 16:15-18
Se você observar só esta porção da Palavra de Deus, você vai deixar de perder o seu tempo tentando mudar coisas que não podem ser mudadas (pelo menos Paulo não mandou Timóteo tentar mudar nada), e pregar e anunciar mais a Palavra de Deus.
O Evangelho não precisa ser defendido, precisa ser anunciado. Se você anunciar o Evangelho, o próprio Espírito Santo se encarregará de fazer o que Ele sabe melhor fazer: “convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo”. João 16:8
Além do que a Palavra de Deus nos afirma: “Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei.” Isaías 55:11.
Não se deve esquecer também, de maneira nenhuma, que muitas das coisas que julgamos necessário fazer, podem não ser tão necessárias assim, e ao invés de ajudar, podem se tornar num grande embaraço.
Lembrando você que embaraço, não necessariamente se constitui em “pecados”, mas em tudo o que tira a sua atenção daquilo que deveria ser feito.
Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Hebreus 12:1-2
Não me entendam mal, eu não tenho a intenção de mudar a cabeça de ninguém, e muito menos criticar ou julgar. Entendo que cada um tem um chamado específico e deve saber o seu lugar no Reino.
Esta é só uma opinião pessoal.
Que Deus abençoe a todos.
Adelson Nalini Jr, Pastor.

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