Às vezes me pergunto, o que leva certas pessoas se
tornarem tão críticos e tão radicais em sua busca pela justiça.
Não me entendam mal, por favor, pois não sou melhor do
que ninguém e nem espero ser, no entanto, ultimamente tenho notado um crescente
número daqueles que se auto denominam “apologetas”
ou “defensores da fé cristã”, e
certamente a estes também não quero julgar, mas talvez trazer minha visão sobre
o assunto.
Reconheço e sei que este crescente número de pessoas
que tentam defender a fé cristã dá-se ao fato de que mais pessoas tem procurado
examinar as Escrituras Sagradas, e também ao crescimento absurdo dos
“comerciantes” e “leiloeiros” da fé cristã.
É um absurdo testemunhar como pessoas tem usado a fé
alheia, de pessoas com boas intensões (e outras com más), e vendido,
comercializado, leiloado e explorado o Evangelho de Cristo, para sustentar e
satisfazer seus desejos carnais e incontroláveis. Uma sede de poder econômico e
de um reino terreno, às custas de pobres, que às vezes entram em conflitos
familiares, deixam de pagar as contas, deixam de comer, andar de condução, por
acreditar nas promessas de pessoas sem caráter e sem nenhum compromisso com o
verdadeiro, puro e santo Evangelho do Senhor Jesus Cristo.
No entanto, devido à indignação de muitos, criou-se ou
formou-se uma “rede de apologetas”
ou de “defensores do evangelho” num
nível muito acima do que o Evangelho precisa.
Pessoas que não fazem mais nada, a não ser investigar
erros teológicos, “mancadas” em público, pregações com falhas teológicas (mesmo
que foram pregadas há 20 anos atrás), traçam linhas do tempo de pregadores e
seus erros durante pregações (como se pessoas não fossem fadadas a erros),
enfim, deixam de fazer o que deviam estar fazendo, o que Jesus mandou que
fizessem, pra cuidar dos erros dos outros e tentar defender a fé cristã.
Meu ponto de vista é simples, a Palavra de Deus
afirmou que sempre houve e sempre haverá “lobos
cruéis” (Atos 20:29), apóstatas,
espíritos enganadores, doutrinas de demônios, homens mentirosos, hipócritas,
com mentes cauterizadas (1 Timóteo 4:1-2); ainda nos advertiu de tempos
trabalhosos, onde haveria homens amantes de si
mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e
mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores,
incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados,
orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela (2 Timóteo 3:1-9).
Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela (2 Timóteo 3:1-9).
O comando do Apóstolo Paulo ao Jovem Timóteo aqui é
bem claro: “Destes afasta-te.”
O final deles também é claro: “Não irão, porém, avante; porque a todos
será manifesto o seu desvario.”
A Palavra de Deus é poderosa em si
pra se defender. É claro que quando se tratar de uma ovelha de seu rebanho,
você como pastor deve sim, se postar como um defensor do rebanho, mas em termos
gerais, eu diria que seu tempo seria muito melhor utilizado, se ao invés de
ficar tentando descobrir erros teológicos, pregações falhas, linhas de
pensamentos que fogem à sã doutrina, você anunciasse o verdadeiro Evangelho,
pois a menos que eu esteja enganado, nem Jesus se defendeu, mas nos deu uma
ordem e ela deve ser cumprida.
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o
evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não
crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome
expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se
beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre
os enfermos, e os curarão.” Marcos 16:15-18
Se você observar só esta porção da Palavra de Deus,
você vai deixar de perder o seu tempo tentando mudar coisas que não podem ser
mudadas (pelo menos Paulo não mandou Timóteo tentar mudar nada), e pregar e
anunciar mais a Palavra de Deus.
O Evangelho não precisa ser defendido, precisa ser
anunciado. Se você anunciar o Evangelho, o próprio Espírito Santo se
encarregará de fazer o que Ele sabe melhor fazer: “convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo”. João 16:8
Além do que a Palavra de Deus nos afirma: “Assim será a minha palavra, que sair da
minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e
prosperará naquilo para que a enviei.” Isaías 55:11.
Não se deve esquecer também, de maneira nenhuma, que
muitas das coisas que julgamos necessário fazer, podem não ser tão necessárias
assim, e ao invés de ajudar, podem se tornar num grande embaraço.
Lembrando você que embaraço, não necessariamente se
constitui em “pecados”, mas em tudo o que tira a sua atenção daquilo que
deveria ser feito.
Portanto
nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas,
deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos
com paciência a carreira que nos está proposta, Olhando para Jesus, autor e
consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz,
desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Hebreus 12:1-2
Não me entendam mal, eu não tenho a intenção de mudar
a cabeça de ninguém, e muito menos criticar ou julgar. Entendo que cada um tem
um chamado específico e deve saber o seu lugar no Reino.
Esta é só uma opinião pessoal.
Que Deus abençoe a todos.
Adelson Nalini Jr, Pastor.
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